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Entre a Obsessão e o Coração: Explorando o Amor Patológico

  • Foto do escritor: Ana Luiza Faria
    Ana Luiza Faria
  • 9 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de ago. de 2023

Por Ana Luiza Faria

Mulher agarrada a força

O amor, um dos sentimentos humanos mais profundos e poderosos, muitas vezes é descrito como uma força capaz de mover montanhas e transcender obstáculos. No entanto, há casos em que o amor pode tomar uma forma preocupante e destrutiva, conhecida como amor patológico ou obsessivo. Essa condição complexa envolve uma intensa fixação em uma pessoa, muitas vezes com consequências negativas para ambas as partes envolvidas.


O amor patológico difere do amor saudável em sua natureza excessiva e desequilibrada. Enquanto o amor genuíno é baseado em respeito mútuo, confiança e cuidado mútuo, o amor patológico é caracterizado por uma necessidade insaciável de controle sobre o objeto de afeto. A pessoa que está obcecada muitas vezes tenta dominar a vida do parceiro, invadindo sua privacidade, isolando-o de amigos e familiares e até mesmo exercendo violência emocional ou física.


Essa forma extrema de amor pode surgir de várias fontes, incluindo traumas passados, inseguranças profundas, baixa autoestima e problemas psicológicos subjacentes. O amor patológico frequentemente se desenvolve de maneira gradual, muitas vezes disfarçado como devoção intensa. A linha tênue entre o amor verdadeiro e a obsessão faz com que seja difícil para as pessoas envolvidas reconhecerem os sinais de alerta.

Os sintomas do amor patológico podem variar, mas geralmente incluem comportamentos como monitorar constantemente o parceiro, tentativas de controlar cada aspecto de sua vida, ciúmes extremos e uma necessidade avassaladora de aprovação e atenção constantes. O amor patológico também pode ser acompanhado por um medo intenso de abandono, levando a comportamentos manipulativos e possessivos.


As consequências do amor patológico são profundas e frequentemente prejudiciais. Para a pessoa que é objeto de obsessão, pode causar isolamento social, perda de identidade e até mesmo danos psicológicos duradouros. Para o próprio indivíduo obcecado, o amor patológico pode resultar em sentimentos de frustração, raiva e desespero, à medida que a busca por controle se torna cada vez mais insustentável.


Tratar o amor patológico exige uma abordagem multifacetada. É essencial que a pessoa que está obcecada busque ajuda psicoterapêutica para explorar as raízes de sua obsessão e desenvolver estratégias para lidar com suas inseguranças subjacentes. Abordagens psicodinâmicas podem ser eficazes na investigação das origens profundas dos padrões de pensamento e comportamento prejudiciais.


Para prevenir o amor patológico, é fundamental cultivar relacionamentos saudáveis desde o início. Isso envolve a construção de comunicação aberta e honesta, respeito mútuo pelo espaço pessoal e pelas necessidades individuais, e um senso de autonomia em ambos os parceiros. Educar-se sobre os sinais de alerta e buscar ajuda imediatamente se sentir que está caindo em padrões obsessivos também é crucial.


Em última análise, o amor é um sentimento poderoso, mas é essencial que ele seja equilibrado e saudável. Reconhecer e entender o amor patológico é o primeiro passo para evitar seus efeitos prejudiciais e para cultivar relações que se baseiam no respeito, na liberdade individual e no bem-estar mútuo.

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