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Ansiedade de separação: Um problema além da infância

  • Foto do escritor: Ana Luiza Faria
    Ana Luiza Faria
  • 25 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Por Ana Luiza Faria

Ansiedade de separação

A ansiedade de separação é frequentemente associada à infância, mas pode persistir ou se manifestar na vida adulta. Esse problema pode ser igualmente debilitante para adultos, afetando relações pessoais, profissionais e a saúde mental e física. Reconhecer e entender os sintomas e causas dessa condição é o primeiro passo para buscar a ajuda necessária e melhorar a qualidade de vida.


Em adultos, essa condição se manifesta de maneira semelhante à observada em crianças, com algumas peculiaridades. Os sintomas comuns incluem medo intenso de ficar sozinho ou afastado de figuras de apego, como cônjuges, familiares ou amigos próximos. Esse receio excessivo geralmente envolve pensamentos catastróficos sobre a possibilidade de algo ruim acontecer com seus entes queridos quando estão separados. Além disso, muitos adultos sentem dificuldade em relaxar ou se concentrar quando estão longe das pessoas que amam e podem experimentar sintomas físicos como náusea, tontura e palpitações cardíacas.


Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição em adultos. Eventos traumáticos na infância, como a perda de um ente querido ou experiências de abandono, podem deixar marcas profundas e duradouras. Na vida adulta, eventos traumáticos ou estressantes, como um divórcio ou a morte de um familiar, também podem desencadear essa ansiedade. Um histórico familiar de transtornos mentais pode aumentar a vulnerabilidade. Além disso, dificuldades em relacionamentos, baixa autoestima e problemas de autoconfiança podem agravar a situação.


Os impactos na vida adulta são significativos. Relacionamentos pessoais podem ser prejudicados, pois o indivíduo pode se tornar excessivamente dependente ou possessivo em relação a seus entes queridos. No ambiente de trabalho ou escolar, essa ansiedade pode levar a dificuldades de concentração e produtividade, resultando em desempenho insatisfatório. A saúde física e mental também pode ser afetada, com sintomas crônicos de estresse que podem levar a outras complicações de saúde.


Felizmente, existem várias estratégias de enfrentamento que podem ajudar adultos a lidar com essa ansiedade. Primeiramente, é fundamental buscar ajuda profissional. Psicólogos podem trabalhar com o indivíduo para identificar as causas subjacentes e desenvolver um plano de tratamento personalizado.


Além da terapia, a prática de técnicas de relaxamento e a respiração profunda, pode ajudar a reduzir os níveis de ansiedade. Manter uma rotina de exercícios físicos regulares também é benéfico, pois o exercício libera endorfinas que promovem uma sensação de bem-estar. Estabelecer e manter conexões sociais saudáveis é essencial. Participar de grupos de apoio ou atividades comunitárias pode fornecer um senso de pertencimento e reduzir o medo de ficar sozinho.


É importante lembrar que essa condição é tratável. Com a ajuda adequada, é possível aprender a lidar com os sintomas e viver uma vida equilibrada. Se você ou alguém que você conhece está lutando com esses sintomas, não hesite em procurar ajuda profissional. Existem muitos recursos disponíveis, como linhas diretas de apoio e sites confiáveis que podem oferecer orientação e suporte.


Reconhecer que essa forma de ansiedade pode afetar adultos é o primeiro passo para enfrentá-la. Com a intervenção adequada, estratégias de enfrentamento eficazes e o apoio de profissionais qualificados, é possível superar esse desafio e melhorar significativamente a qualidade de vida. Não há vergonha em buscar ajuda; pelo contrário, é um ato de coragem e um passo essencial em direção ao bem-estar.

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