Estou em construção. Mas, já estive em demolição!
- Ana Luiza Faria
- 30 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Por Ana Luiza Faria

A jornada pelo processo de psicoterapia é como explorar um terreno desconhecido da própria mente. Inicialmente, é como entrar em uma sala escura cheia de lembranças, emoções e pensamentos enterrados. Essa fase inicial, de certa forma, assemelha-se à demolição, onde os alicerces desconfortáveis do passado são cuidadosamente desmontados.
A presença do psicólogo nesse processo é como ter um guia sábio ao lado, alguém que fornece a luz necessária para iluminar as áreas mais sombrias. Este facilitador habilidoso não apenas ajuda a identificar os escombros emocionais, mas também auxilia na compreensão das origens desses obstáculos psicológicos.
Ao longo das sessões, emerge uma narrativa mais clara e aberta. O paciente começa a reconhecer padrões de pensamento e comportamento que antes estavam escondidos nas sombras. Este é um ponto crucial na jornada, onde a construção começa a ganhar forma. O psicólogo atua como um arquiteto, orientando o paciente na construção de uma nova compreensão de si mesmo e do mundo ao seu redor.
Esse processo não é linear, e há momentos de desconforto à medida que as estruturas antigas cedem lugar a algo novo. O psicólogo, como um habilidoso construtor de pontes, auxilia o paciente a atravessar as lacunas entre o que foi e o que está por vir. A confiança mútua estabelecida no ambiente terapêutico permite que o paciente se arrisque a experimentar perspectivas e comportamentos alternativos.
À medida que a construção avança, o paciente se torna mais equipado para lidar com os desafios da vida cotidiana. Eles desenvolvem habilidades de enfrentamento mais saudáveis, aprendem a navegar pelas complexidades das relações interpessoais e descobrem maneiras de gerenciar emoções de forma mais eficaz. Esse crescimento não é uma conquista única, mas um processo contínuo de aprimoramento.
A psicoterapia, assim, não é apenas um exercício de cura; é uma jornada de descobertas constantes. O psicólogo, ao longo do tempo, torna-se um catalisador para o florescimento pessoal, auxiliando o paciente na construção de uma base sólida para o futuro. Este processo não termina abruptamente, mas continua a evoluir à medida que o paciente se torna mais resiliente e capaz de enfrentar os altos e baixos da vida com uma perspectiva renovada.